segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Reunião no Governo de MG para tratar sobre o despejo das Ocupações Rosa Leão, Esperança e Vitória. LUZ AMARELA ACESA! 28/10/2013.

Reunião no Governo de MG para tratar sobre o despejo das Ocupações Rosa Leão, Esperança e Vitória. LUZ AMARELA ACESA!

Dia 21/10/2013, aconteceu na Cidade Administrativa uma reunião do “Alto Comando do Estado de MG” para tratar sobre os despejos das Ocupações Rosa Leão (com 1.500 famílias), Esperança (com 2.000 famílias) e Vitória (com 4.500 famílias) na região do Isidoro e Granja dos Werneck. A reunião foi coordenada por Maria Coeli, Secretária da Casa Civil e da Secretaria de Relações Institucionais do Governo de Minas Gerais. Participaram da reunião o Comandante Geral de polícias, Cel. Santana, a juíza Luzia Divina, da 6ª Vara de Fazenda Pública Municipal, a que está com quatro processos envolvendo as três Ocupações, acima referidas; a Defensora Geral da Defensoria Pública de MG, Dra. Andrea Tonet, a defensora pública Dra. Cleide Nepomuceno, a defensora pública Dra. Christyane Linhares, o defensor público Dr. Lucas di Simões, o deputado João Leite, o desembargador Armando, etc. O tom da reunião não foi de abrir negociação, mas de encaminhar de fato os despejos. Alguém alertou que se trata de 8.000 famílias envolvidas. O deputado João Leite, em uma postura humanista, tentou defender os direitos das 8.000 famílias que estão nas três ocupações. Tivemos a defesa das defensoras públicas, mas representantes da polícia apresentaram “informações” que tentam justificar o despejo. Ficou decidido que fariam outras reuniões com a prefeitura de BH, que, segundo o Governo do estado, é quem deve abrigar as famílias a serem despejadas.
Esperamos sensatez do Governo Estadual de Minas, dos comandantes da polícia militar, do prefeito de Belo Horizonte, da juíza Dra. Luiz Divina, a mesma que mandou despejar a Ocupação Eliana Silva, no Barreiro, e jogou em cima de 350 famílias 400 policiais, cavalaria, helicóptero e até caveirão, tanque de guerra. Esperamos sensatez do TJMG, pois além das 8.000 famílias nas ocupações Rosa Leão, Esperança e Vitória, temos mais 4.000 famílias na Ocupação Wiliam Rosa, perto do CEASA em Contagem, isso sem contar 1.300 famílias da Ocupação Dandara, 350 famílias da Ocupação Eliana Silva, 142 famílias da Ocupação Camilo Torres, 180 famílias da Ocupação Irmã Dorothy, 120 famílias da Vila Cafezal, no Novo São Lucas, 1.500 famílias no Novo Lagedo, 150 famílias despejadas pela PM e Guarda Municipal de BH dia 25/10/2013, ao lado da Vila Corumbiara, no Barreiro em Belo Horizonte, etc. Enfim, na região metropolitana já são mais de 25.000 famílias em ocupações. Já pensou se a maioria dessas famílias resolverem paralisar Belo Horizonte!
O Povo não vai tolerar mais sobreviver crucificado pela cruz do aluguel, que é veneno que come no prato dos pobres. Não vai tolerar mais sobreviver de favor, o que é muito humilhante. O povo pobre, animado pelas manifestações de junho último, está levantando a cabeça e não vai abrir mão de conquistar seus direitos constitucionais e sagrados, entre eles o direito de morar dignamente. Milhares de famílias sem-terra e sem-casa também estão vendo e ouvindo o exemplo da Ocupação-Comunidade Dandara, uma estrela a ser seguida.
Enfim, está mais claro do que o sol do meio-dia que polícia, repressão e despejos JAMAIS RESOLVERÃO de forma justa os gravíssimos problemas sociais que envolvem somente em Belo Horizonte mais de 150.000 famílias – eis o déficit habitacional de BH -, que estão sem-casa.
Por tudo isso, clamamos por DIÁLOGO E NEGOCIAÇÃO SÉRIA! O povo das Ocupações jamais vai aceitar ser despejado. E jamais vão se DISPERSAR!
Quem tem ouvidos que ouça antes que seja tarde demais!

Abraço terno na luta. Frei Gilvander Moreira

Um comentário:

  1. - Resolvido, basta levá-los para o terreno que será construída a catedral às margens da Avenida Cristiano Machado.

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