Reunião
no Governo de MG para tratar sobre o despejo das Ocupações Rosa Leão, Esperança
e Vitória. LUZ AMARELA ACESA!
Dia 21/10/2013, aconteceu na Cidade
Administrativa uma reunião do “Alto Comando do Estado de MG” para tratar sobre
os despejos das Ocupações Rosa Leão (com 1.500 famílias), Esperança (com 2.000 famílias)
e Vitória (com 4.500 famílias) na região do Isidoro e Granja dos Werneck. A
reunião foi coordenada por Maria Coeli, Secretária da Casa Civil e da
Secretaria de Relações Institucionais do Governo de Minas Gerais. Participaram
da reunião o Comandante Geral de polícias, Cel. Santana, a juíza Luzia Divina, da
6ª Vara de Fazenda Pública Municipal, a que está com quatro processos envolvendo
as três Ocupações, acima referidas; a Defensora Geral da Defensoria Pública de
MG, Dra. Andrea Tonet, a defensora pública Dra. Cleide Nepomuceno, a defensora pública
Dra. Christyane Linhares, o defensor público Dr. Lucas di Simões, o deputado
João Leite, o desembargador Armando, etc. O tom da reunião não foi de abrir
negociação, mas de encaminhar de fato os despejos. Alguém alertou que se trata de 8.000 famílias envolvidas. O
deputado João Leite, em uma postura humanista, tentou defender os direitos das
8.000 famílias que estão nas três ocupações. Tivemos a defesa das defensoras
públicas, mas representantes da polícia apresentaram “informações” que tentam
justificar o despejo. Ficou decidido que fariam outras reuniões com a
prefeitura de BH, que, segundo o Governo do estado, é quem deve abrigar as
famílias a serem despejadas.
Esperamos sensatez do Governo Estadual de
Minas, dos comandantes da polícia militar, do prefeito de Belo Horizonte, da
juíza Dra. Luiz Divina, a mesma que mandou despejar a Ocupação Eliana Silva, no
Barreiro, e jogou em cima de 350 famílias 400 policiais, cavalaria, helicóptero
e até caveirão, tanque de guerra. Esperamos sensatez do TJMG, pois além das
8.000 famílias nas ocupações Rosa Leão, Esperança e Vitória, temos mais 4.000
famílias na Ocupação Wiliam Rosa, perto do CEASA em Contagem, isso sem contar
1.300 famílias da Ocupação Dandara, 350 famílias da Ocupação Eliana Silva, 142 famílias
da Ocupação Camilo Torres, 180 famílias da Ocupação Irmã Dorothy, 120 famílias
da Vila Cafezal, no Novo São Lucas, 1.500 famílias no Novo Lagedo, 150 famílias
despejadas pela PM e Guarda Municipal de BH dia 25/10/2013, ao lado da Vila
Corumbiara, no Barreiro em Belo Horizonte, etc. Enfim, na região metropolitana
já são mais de 25.000 famílias em ocupações. Já pensou se a maioria dessas
famílias resolverem paralisar Belo Horizonte!
O Povo não vai tolerar mais sobreviver
crucificado pela cruz do aluguel, que é veneno que come no prato dos pobres.
Não vai tolerar mais sobreviver de favor, o que é muito humilhante. O povo
pobre, animado pelas manifestações de junho último, está levantando a cabeça e
não vai abrir mão de conquistar seus direitos constitucionais e sagrados, entre
eles o direito de morar dignamente. Milhares de famílias sem-terra e sem-casa
também estão vendo e ouvindo o exemplo da Ocupação-Comunidade Dandara, uma
estrela a ser seguida.
Enfim, está mais claro do que o sol do
meio-dia que polícia, repressão e despejos JAMAIS RESOLVERÃO de forma justa os
gravíssimos problemas sociais que envolvem somente em Belo Horizonte mais de
150.000 famílias – eis o déficit habitacional de BH -, que estão sem-casa.
Por tudo isso, clamamos por DIÁLOGO E
NEGOCIAÇÃO SÉRIA! O povo das Ocupações jamais vai aceitar ser despejado. E
jamais vão se DISPERSAR!
Quem tem ouvidos que ouça antes que seja
tarde demais!
Abraço terno na luta. Frei Gilvander Moreira
- Resolvido, basta levá-los para o terreno que será construída a catedral às margens da Avenida Cristiano Machado.
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